Foto: divulgação
A imagem que ilustra esta nota é um emblema de um fato. Qual? Aquele que aponta para a civilidade nas relações políticas como regra. Sim, ao contrário do que reza o mito, e aqui se fala exclusivamente de Santa Maria, a fidalguia das relações entre adversários humaniza a política.
O exemplo da foto é eloquente. Afinal, ela mostra dois possíveis adversários nas urnas eletrônicas de 2024, o vice-prefeito Rodrigo Decimo (UB) e o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) e o irmão deste e ex-presidente do Legislativo Municipal. Também contempla o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) e aquele que é o principal nome da política local no momento, o deputado federal petista Paulo Pimenta, e que despacha diariamente com o presidente da República, Lula, como ministro da Secretaria de Comunicação Social.
Ora, se poderá dizer, afinal Pimenta é responsável, via emenda parlamentar, por R$ 500 mil do R$ 1,475 milhão investidos na obra (onde foi produzida a foto) inaugurada no último sábado, a Estratégia de Saúde da Família do Alto da Boa Vista, no Bairro Nova Santa Marta.
Sim, é verdade. Mas não é menos verdadeiro que dias antes, imagem semelhante, só que incluindo o secretário Beto Fantinel, do MDB, mostrava opiniões político-partidárias diversas, inclusive na área empresarial, juntas em encontro na capital com o vice-governador Gabriel Souza. Todos tentando antecipar a duplicação da RSC-287.
Aliás, os mesmos Fantinel e Valdeci, agora com a pedetista Luci Duartes e o tucano e presidente da Câmara, Givago Ribeiro, confraternizaram alegremente na Tropeada da Canção Nativa, em Arroio do Só.
Quer mais um exemplo? O virtual futuro presidente do PP, vereador Pablo Pacheco, outro dia arranjou uma encrenca com aliados porque, ainda que com ressalvas circunstanciais, elogiou a Calourada promovida pela prefeitura, na Gare.
Há, claro, outros exemplos e as respectivas imagens perambulando pelas redes sociais. Elas demonstram, a exaustão, que as relações políticas em Santa Maria, entre os que contam meeesmo, é absolutamente fidalga, não obstante as flagrantes diferenças.
Em tempo: claro que há dois ou três, quem sabe quatro, mas não passam de cinco, os políticos conhecidos que, sim, têm uma relação diferente com a política e os políticos. Mas elas são exatamente isso que o leitor imagina: sim, são (ou estão no caminho) irrelevantes. Se não mudarem – o colunista não perde a esperança – ficarão para trás, jogados em algum canto da história.